"- Mulatinha, disse, - tu não fazes ideia de quanto és feiticeira. Minha irmã tem razão; é pena, que uma menina assim tão linda não seja mais que uma escrava. Se tivesses nascido livre, serias incontestavelmente a rainha dos salões."
Isaura é uma escrava branca e incrivelmente linda, o que chamava a atenção de todos os homens. Ela sempre teve seus privilégios dados pela ex senhora da casa: cuidava da casa, mas sabia falar com perfeição, cantava e tocava piano. Era certo que Isaura seria liberta, mas quando o senhor da casa morre e deixa tudo nas mãos do filho, Leôncio, apaixonado por Isaura, ele dificulta ainda mais o processo de libertação da escrava. Leôncio quer Isaura de qualquer jeito e ameaça sua vida em troca de ser seu amante. Isaura e seu pai planejam uma fuga e acabam encontrando o único jeito de libertar Isaura: o amor de Álvaro.
Eu não sabia que a história de Isaura era assim. Jurava que era sobre uma escrava que sofria nas mãos de seu dono, mas, muito pelo contrário, Isaura era querida pelo dono, que chegava a chamá-la de deusa. Isaura é decidida e sabe que por nada no mundo aceitaria ser amante de Leôncio, preferia ser acorrentada e morta a aceitar isso. É aí que o pai dela planeja uma fuga para Recife, e lá ela tem que fingir ser da alta sociedade e acaba se apaixonando cegamente pelo rico e honesto Àlvaro.
"É um crime que cometo, envolvendo-me no meio de tão luzida sociedade; é uma traição, meu pai."
A Escrava Isaura é sim um romance, mas o primeiro e único que li que o casal nunca ao menos se abraçou. Achei diferente e até gostei de cada parte do romance de Isaura e Álvaro. É tão puro e fantasioso. As coisas aconteciam muito diferente do realidade atual. Quanto ao livro em si, gostei bastante. Vamos enaltecer nossa literatura!
