O Vendedor de Sonhos | Augusto Cury

 

Resenha do livro O Vendedor de Sonhos, Augusto Cury



O Vendedor de Sonhos — Augusto Cury

Aonde quer que vá, o sonhador encanta, cria problemas e inspira seus ouvintes a buscar o mais importante: o coração da alma humana. Cada pessoa que ele encontra é alguém que abandonou seus sonhos e está lutando pela vida: um professor que parou de seguir suas paixões, um alcoólatra que não tem família, os idosos que perderam o entusiasmo pela vida. Através de seu questionamento e sabedoria, o sonhador os ajuda a olhar para seus corações silenciosos e chegar à raiz de sua infelicidade.

O quarto romance do psiquiatra Cury combina comentário social e filosofia com uma dose liberal de humor absurdo. Julio Lambert está parado na saliência de um prédio de 20 andares prestes a pular quando de repente se junta a um estranho misterioso e desgrenhado, um “sonhador”, cuja missão é convencer as pessoas a amar a vida. Segue-se um diálogo filosófico enquanto o estranho convence Julio a descer da saliência e o convida a se tornar um sonhador. A princípio, Julio vê a jornada como um “experimento sociológico”, mas logo começa a acreditar. Outros se juntam, e o “bando de desajustados” sob a tutela do vendedor de sonhos visita locais tão diversos quanto uma exposição de eletrônicos, uma casa de repouso e um funeral, dando uma aula em cada lugar. Citando inspiração da Magna Carta, Sócrates e Jesus Cristo, o sonhador aponta a loucura da sociedade moderna e convida outras pessoas a abraçar seus ideais. À medida que sua influência cresce, surgem detratores, mas ele tem uma resposta para todos, até que Megasoft, o monólito corporativo e um alvo favorito do sonhador, o empurra para um canto. O sonhador ocasionalmente entra em território pesado e enfadonho, e a grande reviravolta da história não é difícil de descobrir, mas a voz fresca e o senso de humor de Cury evitam que os chavões e a alegoria bíblica dominem a história encantadora.